quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Artigos Científicos sobre células tronco

Nesta postagem, vocês vão encontrar sites que fornecem Artigos científicos muito interessantes com o tema de células tronco.


Título:Clonagem e células-tronco
Por: Mayana Zatz
Endereço: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142004000200016&script=sci_arttext


Título: Identificação de células tronco hematopoiéticas: citometria de fluxo convencional versus contador hematológico automatizado. 
Por: Helena Z. W. Grotto José F. A. Noronha
Endereço: http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v25n3/v25n3a08.pdf


Título: Células-tronco: uma breve revisão
Por: Verônica Ferreira de SouzaLeonardo Muniz Carvalho Lima,  Sílvia Regina de Almeida ReisLuciana Maria Pedreira Ramalho, Jean Nunes Santos
Endereço: http://www.portalseer.ufba.br/index.php/cmbio/article/viewArticle/4292
* Este artigo só está disponível em pdf, portanto é necessário fazer o download do arquivo.


Titulo: Transplante de células tronco hematopoéticas para doenças auto-imunes no Brasil
Por: Julio g. Voltarelli
Endereço: http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbhh/v24n1/a03v24n1.pdf


Título: Isolamento de células-tronco mesenquimais da medula óssea
Por: Renata Aparecida de Camargo Bittencourt; Hamilton Rosa Pereira; Sérgio Luís Felisbino; Priscila Murador; Ana Paula Ehrhardt de Oliveira; Elenice Deffune.
Endereço: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-78522006000100004

Cientistas criam células-tronco para evitar extinção de espécies

Pesquisas podem ajudar a salvar rinoceronte branco e um macaco africano ameaçados de extinção


Cientistas nos EUA anunciaram ter produzido células-tronco de rinoceronte-branco do norte e de um macaco africano, o que pode ajudar a garantir a sobrevivência das duas espécies ameaçadas de extinção.
Pesquisas podem ajudar a salvar rinoceronte branco - AP
AP
Pesquisas podem ajudar a salvar rinoceronte branco
Os cientistas relatam, na publicação Nature Methods, que as células-tronco poderão ser transformadas em diferentes tipos de células do corpo dos animais. Se forem convertidas em óvulos e esperma dos animais, "filhotes de proveta" poderão ser desenvolvidos.
Tais aplicações ainda estão num futuro distante, mas a chefe da equipe de pesquisa, Jeanne Loring, disse que os estudiosos ficaram especialmente entusiasmados com os resultados obtidos com as células de rinoceronte, que superaram suas expectativas.
As células-tronco foram feitas a partir da pele dos animais, em um processo de "reprogramação" - nele, retrovírus e outras ferramentas da biologia celular moderna são usados para devolver as células a um estágio prévio de desenvolvimento.
Nesse estágio, as células são "pluripotentes", ou seja, podem ser induzidas a formar diferentes tipos de células específicas, como neurônios e cartilagens.
Os procedimentos em questão dependem muito de tentativas e erros, e os pesquisadores esperavam êxitos nos feitos com o macaco africano (chamado de drill), pelo histórico de experimentos prévios feitos com primatas. Mas os resultados das pesquisas com o rinoceronte surpreenderam.
"Não foi fácil fazer com que funcionasse, mas funcionou", disse Loring à BBC News.
Aplicações
As aplicações iniciais da pesquisa devem ser medicinais. No caso de animais sofrendo de doenças degenerativas, como diabetes, as células-tronco podem, em tese, virar substitutas de células que estiverem perdendo suas funções.
Estudos que partem dessa premissa já estão em curso em humanos, para combater problemas como falência cardíaca, cegueira, derrames e lesões na espinha dorsal - ainda que o uso prático de tais pesquisas seja tema de debates.
Uma ideia que empolga os cientistas é criar embriões ao induzir células-tronco a fazer óvulos e esperma.
"Fazer gametas (células reprodutivas) a partir de células-tronco ainda não é algo rotineiro, mas há relatos de que isso esteja sendo feito com animais em laboratórios", prosseguiu Loring.
Ela crê que a técnica é mais promissora do que a de clonagem de animais ameaçados, por ter uma taxa de sucesso maior. "Você tem a possibilidade de fazer novas combinações genéticas, em vez clonar, que apenas reproduz animais já existentes."
'Último esforço'
O cientista conservacionista Robert Lacy, da Sociedade Zoológica de Chicago, disse que a técnica pode, algum dia, tirar algumas espécies do risco de extinção, mas que ainda há muito trabalho a ser feito.
"As perspectivas para o uso desses métodos, de dar continuidade à linhagem dos últimos indivíduos de algumas espécies, será um último esforço, após termos falhado em proteger esses animais de maneiras prévias, mais simples e eficientes", afirmou Lacy.
Esse é o caso, ele diz, do rinoceronte-branco do norte, existente na África e ameaçado pela caça ilegal.
Três anos atrás, a população selvagem da espécie estava reduzida a apenas quatro indivíduos que habitavam um parque nacional na República Democrática do Congo. Expedições recentes sequer conseguiram localizar esse pequeno grupo.
Dessa forma, é possível que sete rinocerontes-brancos do norte enjaulados sejam os últimos representantes da espécie no planeta.
Já o primata drill (Mandrillus leucophaeus) também está com uma população declinante na Nigéria e em Camarões, principalmente por causa da caça e por perda de habitat.
As pesquisas de células-tronco têm unido cientistas conservacionistas e de laboratório - caso de Jeanne Loring, que chefia o Centro de Medicina Regenerativa no Instituto de Pesquisas Scripps, na Califórnia.
Seu objetivo imediato é replicar o trabalho desenvolvido com o rinoceronte em outras dez espécies de animais ameaçadas, incluindo uma de elefante. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Fonte: Estadão 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Células-tronco voltam a colocar ciência e fé em campos opostos

Pesquisadores enxergam oposição cristã às pesquisas como interferência no Estado laico.
Católicos argumentam que questão não é religiosa, mas ligada ao direito humano à vida.



O Supremo Tribunal Federal (STF) se reúne para decidir nesta quarta-feira (5) se permite ou não a pesquisa com células-tronco embrionárias humanas no Brasil, liberada originalmente há três anos pela Lei de Biossegurança. O tribunal julga o mérito de uma ação direta de inconstitucionalidade que quer barrar os estudos, os quais supostamente ferem o direito à vida estabelecido na Constituição. A decisão coloca muita coisa em jogo tanto para os opositores quanto para os defensores desse tipo de estudo.

Para os cientistas brasileiros, trata-se da oportunidade de tomar parte na área mais promissora da pesquisa biomédica moderna, que abre a possibilidade -- ainda longe de ser realizada -- de tratar doenças hoje incuráveis e de entender em detalhes sem precedentes o desenvolvimento do organismo humano. Por outro lado, grupos religiosos, em especial a Igreja Católica, consideram que a liberação da pesquisa com embriões seria um primeiro passo perigoso rumo à legalização do aborto e a outras práticas vistas como ameaça ao direito à vida.

Se não fosse pela origem controversa das células-tronco embrionárias humanas (CTEHs, para abreviar), sua aplicação terapêutica dificilmente seria questionada. Originárias de embriões com poucos dias de vida e apenas uma centena de células, os chamados blastocistos, as CTEHs são curingas fisiológicas, com capacidade de assumir a forma e a função de qualquer tecido. Neurônios, células musculares, ósseas ou pancreáticas -- todos derivam da massa de células no interior do blastocisto. Em tese, seria possível produzir os tecidos perdidos em pessoas com lesões ou doenças degenerativas e recolocá-los nos doentes, curando males como mal de Parkinson e diabetes tipo 1.  

O problema é que esse potencial todo só está disponível porque essas células vão "construir" todo o corpo do futuro bebê. A única maneira de obtê-las, portanto, é destruir o embrião -- daí a comparação do processo a um aborto ou a um assassinato. “Salvar um e matar outro não é resposta”, declarou em entrevista coletiva o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo
Lyrio. Os católicos defendem que as células-tronco adultas -- presentes em locais como a medula óssea e o cordão umbilical dos recém-nascidos -- têm tanto potencial quanto as embrionárias, além de não incorrerem nos mesmos problemas éticos.


Contra o Estado laico?
Os cientistas discordam -- de fato, embora alguns estudos tenham mostrado que as células-tronco adultas podem ser pluripotentes, ou seja, conseguem se transformar em diversos tipos de tecido, só as CTEHs tiveram tal capacidade confirmada. "O que está acontecendo é uma interferência da Igreja numa coisa que, goste ela ou não, foi aprovada pela sociedade", ataca Antonio Carlos Campos de Carvalho, médico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e responsável por alguns dos testes bem-sucedidos com células-tronco adultas no Brasil, empregadas experimentalmente contra problemas cardíacos.

Carvalho critica a decisão da Igreja de trazer a discussão para o campo de questões como o início da vida humana. Para os católicos, como também para alguns grupos evangélicos, o óvulo fecundado tem o mesmo status moral de um bebê ou adulto humano. “A Igreja chama a atenção porque se trata de um ser vivo, portanto, não pode ser eliminado. Como se iniciou o processo que eticamente é reprovável, os que o iniciaram têm também a responsabilidade ética de ajudar a descobrir a solução que seja compatível com o respeito à própria vida humana ali presente”, declarou dom Geraldo Lyrio.  


"É lógico que seria uma sandice negar que os embriões são uma vida. É claro que são. Mas o argumento deles é um sofisma. Mantidos congelados do jeito que estão, esses embriões jamais poderão se desenvolver e vão acabar sendo jogados fora de qualquer jeito", diz Carvalho, lembrando que, de acordo com a Lei de Biossegurança, apenas embriões inviáveis ou congelados há mais de três
anos poderiam ser usados, e somente com o consentimento dos pais. "Se aceitamos a definição de inatividade cerebral para retirar um órgão e doá-lo, não há por que não aceitar o uso de células de embriões que nem têm sistema nervoso", argumenta. 

Pesquisa parada
Em tese, a pesquisa com CTEHs no Brasil poderia ter se intensificado desde março de 2005, após a aprovação da Lei de Biossegurança. Na prática, porém, a insegurança jurídica fez com que a área apenas engatinhasse por aqui. Para se ter uma idéia, nenhuma linhagem de CTEHs -- nome dado às populações "imortais" de células, que se multiplicam constantemente e podem ser usadas para estudar a formação de tecidos -- foi estabelecida no país desde então.

"A ação de inconstitucionalidade deixou a gente com o pé atrás. Os trabalhos muitas vezes são feitos por alunos de mestrado e doutorado, e ninguém pode correr o risco de ver seu projeto de pesquisa declarado ilegal da noite para o dia", conta Carvalho.  

"Foi uma chateação, um balde de água fria enorme", diz Lidia Guillo, pesquisadora da Universidade Federal de Goiás cujo grupo foi um dos poucos a receber financiamento para produzir suas próprias linhagens de CTEHs. "Não dá para agüentar um trem desses", reclama. A pesquisadora conta que chegou a pensar em descongelar embriões obtidos numa clínica de fertilização, mas ela e seus colegas acabaram recuando por medo de perder tempo com um processo complicado e, ainda assim, não poder ir em frente com a pesquisa mais tarde.

Guillo se diz sensível às questões éticas levantadas pela Igreja. "Eu sou católica, tenho formação católica. Não há como não perceber a beleza na formação da vida humana. Como uma enzima consegue se encaixar certinho no lugar dela? Tem de ter uma força impulsionando isso. Mas a Igreja precisa evoluir, porque a sociedade não vai simplesmente deixar de fazer o que ela prega, principalmente quando se trata de curar doenças", afirma ela.   


Curas, mas não milagrosas
A hierarquia católica chegou a criticar a ênfase dada pelos cientistas ao potencial terapêutico das CTEHs. De fato, até agora não foram feitos testes clínicos (ou seja, em pessoas) dessas células, em parte porque é difícil controlar sua diferenciação (transformação) em tecidos específicos. Os cientistas ainda estão aprendendo a "domar" esse potencial. "A Igreja é sensível ao sofrimento de tantas pessoas que desejam a cura, mas não concorda com a manipulação dos sentimentos delas com informações falsificadas", declarou dom Geraldo Lyrio.

Para Guillo, no entanto, as associações de pacientes de doenças incuráveis que pressionam o governo pela liberação da pesquisa estão conscientes das dificuldades. "Essas pessoas estão muito bem informadas, principalmente por participarem de associações que acompanham os últimos resultados das pesquisas", afirma. "Muitas delas têm consciência de que as terapias vão beneficiar outras pessoas que não elas, porque infelizmente é um processo demorado."

"De fato, houve alguns exageros de parte a parte [em relação à aliança entre cientistas e doentes]", reconhece Carvalho, da UFRJ. "É uma promessa, mas que tem de enfrentar barreiras importantes. Agora, se a proibição continuar, teremos um atraso ainda maior. E o Brasil ficará numa posição de dependência frente a outros países que aprovaram a técnica", arremata.

Fonte: G1

Cientistas desenvolvem técnica que pode criar células-tronco personalizadas


Descoberta abre caminho para a produção de células usando material genético do próprio doente, evitando rejeições.

Uma equipe de cientistas de Nova York afirmou nesta quarta-feira que estão mais perto de conseguirem criar a chamada célula-tronco personalizada.
A técnica envolve pegar um óvulo humano e combiná-lo com uma célula de outra pessoa.
Segundo os pesquisadores, os resultados podem ser usados para tratar várias doenças, já que seria possível produzir, de maneira personalizada para cada paciente,células saudáveis para substituir as doentes.
Em um artigo para a revista científica Nature, a equipe Fundação de Células-Tronca do Nova York disse ter usado uma tecnologia de clone (chamada transferência de núcleos de célula somática) para criar células-tronco embrionária para combinar com o DNA específico de cada pessoa.
Potencial
As células-tronco têm um grande potencial na medicina, à medida que podem ser desenvolvidas em qualquer outro tipo de célula no corpo.
Ao se criar células do coração, por exemplo, talvez seja possível reparar os danos causados por um ataque cardíaco.
Já há alguns testes clínicos em curso. O primeiro feito com células-tronco embrionárias da Europa está sendo feito em Londres e é relacionado a um tratamento para a perda progressiva da visão.
O teste, porém, não usa as próprias células dos pacientes e por isso é necessário o uso de imunossupressores para evitar o risco de rejeição. E é por isso que o teste da equipe americana é tão importante.
Interrogação
O pesquisador Dieter Egli, do laboratório da Fundação de Células-Tronca de Nova York, afirma que havia até então um grande ponto de interrogação sobre a possibilidade de a técnica do clone ser usada em seres humanos.
'Outras equipes já haviam tentado, mas falharam', disse, explicando que seu grupo também não conseguiu ser bem-sucedido ao usar as técnicas tradicionais.
Quando eles removeram o material genético de um óvulo e o substituíram com cromossomos de uma célula epitelial, o óvulo se dividiu, mas não passou do estágio de 6 a 12 células.
No entanto, quando eles deixaram o material genético no próprio óvulo e adicionaram os cromossomos epiteliais, o óvulo se desenvolveu até o estágio do blastocisto, que pode contar até 100 células e é usado como fonte para células-tronco embrionárias.
'As células produzidas por nossa equipe ainda não são para uso terapêutico. Ainda há muito a ser feito', afirmou Egli à BBC. 'Vemos isso como um passo adiante na estrada, porque agora sabemos que óvulos podem transformar células adultas especializadas, como células da pele, em células-tronco.'

Fonte: G1

domingo, 16 de outubro de 2011

Bahia é destaque em pesquisas com células-tronco





As pesquisas com células-tronco na Bahia estão entre as mais avançadas do mundo. Em alguns casos, o estudo mostra resultados promissores em pacientes humanos. O título de primeiro estado no mundo a desenvolver experiências com células-tronco para tratar doenças do coração, motivou cientistas baianos a investir em novos estudos. Nos laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz, em Salvador, estão sendo analisadas outras fontes para retirada de células-tronco.

‘Podemos retirá-las do tecido adiposo, parte que é muito rica em células-tronco’, afirma a pesquisadora Milena Ribeiro. Os cientistas estudam a atuação destas células no tratamento de doenças como Diabetes e lesões no fígado. Em outro estudo, agora no hospital Português, em Salvador, células-tronco, retiradas da medula óssea, estão sendo usadas no tratamento das doenças imunológicas. Uma delas é a Esclerose Lateral Amiotrófica, que pode paralisar os movimentos do corpo e não tem cura.


‘O que nós podemos fazer é retirar um grupo de células ingênuas e capazes de reconstituir o sistema imunológico, destruir o sistema imunológico que está agressivo e devolver estas células ingênuas para um ambiente que não tem mais nenhuma hostilidade’, explica o pesquisador Ronald Pallota. Uma das pesquisas com células-tronco em fase mais avançada no país é a da terapia para tratar problemas cardíacos provocados pelo Mal de Chagas, doença que atinge seis milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.


O estudo pioneiro foi feito na Bahia. Na primeira fase, iniciada há seis anos, 30 pacientes receberam as células-tronco. Nesta segunda fase, o Ministério da Saúde está financiando a pesquisa. Cerca de 1,2 mil pacientes no país estão sendo acompanhados, 140 na Bahia. ‘Dos pacientes que estão em fase terminal há dois ou três anos, 100% vão a óbito. Já no grupo que nós fizemos células-tronco, não ocorreu essa mortandade’, informa o pesquisador Ricardo Ribeiro.
*fonte: BATV

sábado, 15 de outubro de 2011

Coleta de células tronco do embrião humano - VIDEO

Questões éticas e religiosas - Polêmicas do uso de células tronco

       


       
        As pesquisas genéticas e os tratamentos com células tronco recebem fortes críticas de diversos setores da sociedade, em especial dos religiosos. Por considerarem os embriões como uma vida em formação, religiosos conservadores afirmam que manipular ou sacrificar embriões de seres humanos constitui um assassinato. Em países mais conservadores, as pesquisas estão paradas ou limitadas à utilização das células adultas.
         Para explorar as células tronco usando as técnicas conhecidas hoje, é necessário retirar o chamado "botão embrionário", provocando a destruição do embrião, esse processo é condenado por algumas religiões, que consideram que a vida tem início a partir do momento da fecundação. As leis brasileiras não são especificas para clonagem terapêutica (com finalidade de curar determinadas doenças, e não de reproduzir seres). Só é autorizada a retirada de células tronco de embriões congelados, obtidos por fertilização in vitro, que foram armazenadas a cerca de três anos, com consentimento dos pais, para serem utilizados em pesquisas.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Lei de Biossegurança

      






        A lei foi sancionada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva em 24 de março de 2005, dois anos após seu projeto ter sido enviado ao Congresso, seguida de muitas polêmicas , a principal delas diz respeito ao artigo 5º que libera as pesquisas com células-tronco embrionárias no país. Antes de ser aprovado, o texto foi modificado e teve sete artigos vetados por Lula, entre eles o que confere pena de 2 a 4 anos de detenção com multa para quem liberar organismos geneticamente modificados no ambiente sem seguir as regras determinadas pela lei.
      Esta estabelece as normas e mecanismos de fiscalização que regulamentam qualquer atividade que envolva organismos geneticamente modificados e seus derivados. Seu texto abrange, portanto, desde o cultivo de alimentos transgênicos e a engenharia genética até as pesquisas com células-tronco embrionárias.
        A utilização de células tronco a partir de seres humanos são permitidas apenas para fins terapêuticos e de pesquisa científica. E os embriões que podem ser utilizados em pesquisa são apenas os embriões inviáveis – aqueles que, na fertilização in vitro, não são introduzidos no útero da mulher por não possuir qualidade para implantação (podem estar muito fragmentados ou pararam de se dividir) ou por conterem mutações responsáveis por doenças genéticas – e os embriões congelados há mais de três anos. Em qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores.
        A comercialização do o material produzido a partir dessas células é crime sujeito à pena de reclusão, de três a oito anos, e multa, de 200 a 360 dias-multa. Esta lei proíbe não só a clonagem humana, como a engenharia genética em organismo vivo e a engenharia genética em célula germinal humana, zigoto humano e embrião humano.




quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Clonagem terapêutica e células tronco


A clonagem terapêutica ou transferência de núcleos é o método pelo qual se pode obter células tronco pluripotentes, sendo essas células capazes de diferenciar-se em todos os tipos de tecidos do corpo humano. Esta técnica é utilizada em laboratório para assim aprimorar os métodos de cura produzindo uma cópia saudável do tecido ou do órgão de uma pessoa doente e diminuir as rejeições de órgãos transplantados, visto que as células que darão origem ao tecido à ser substituído, em alguns casos, podem ser doadas pelo próprio paciente, é um procedimento cujos estágios iniciais são idênticos a clonagem para fins reprodutivo, difere somente no fato do blastocisto não ser introduzido em um útero. O blastocisto é uma célula originada através da introdução de um núcleo de uma célula somática, extraída de um doador, em um óvulo anucleado.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Células tronco adultas

          São células presente no organismo e com grande capacidade de diferenciação tendo a função de reparar danos e repor células do organismo. A exemplo de células tronco adultas pode ser citada a medula óssea, fígado, cordão umbilical, etc. Essas células podem ser colhidas tanto em adultos como em crianças.

As células tronco adultas são classificadas como:
  • Células tronco oligopotentes - São as células tronco capazes de diferenciar-se em poucos tecidos, encontradas em diversos tecidos, como nos tecidos dos intestinos, por exemplo.
  • Células tronco unipotentes - São as células tronco que apenas conseguem diferenciar-se em um único tecido, ou seja, o tecido a que pertencem.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Células tronco embrionárias

As células tronco embrionárias podem se transformar em qualquer outro tipo de célula e embora apresente esta importante capacidade, as pesquisas médicas com estes tipos de células ainda encontram-se em fase de testes. As células embrionárias, atualmente cultivadas em laboratório, são obtidas a partir de um embrião nos estágios iniciais de desenvolvimento, na fase anterior à implantação no útero materno, ou seja, o blastocisto, localizadas em seu interior formando a chamada massa interna de células, constituída por cerca de 30-35 células, enquanto a camada de células exterior do blastocito vai originar estruturas extra-embrionárias como a placenta e o saco amniótico. À medida que o embrião se desenvolve, as células tronco embrionárias do interior do blastocisto se diferenciam em todos os tipos de células do nosso organismo como sangue, pele, músculo, fígado, cérebro, etc.

Células-tronco embrionárias com capacidade de formar diferentes tipos de células.

As células tronco embrionárias são classificadas como:
  • Células tronco pluripotentes ou multipotentes - São as células tronco que conseguem se diferenciar em quase todos os tecidos humanos, exceto a placenta e as membranas que envolvem o embrião. Estas células tronco, encontradas nos embriões, igualam-se às anteriores em importância para as pesquisas científicas devido ao seu potencial para a “construção” de órgãos inteiros como o coração, pâncreas, fígado, etc.
  • Células tronco totipotentes: Correspondem às células resultantes das primeiras divisões do ovo, após a fecundação. Encontram-se nos blastocistos, sendo as mais importantes para o progresso das pesquisas científicas.

O que são células tronco?


Todo organismo pluricelular é constituído por uma variedade de células, que são derivadas de células precursoras, denominadas de células tronco, sendo estas células indiferenciadas e, portanto, não especializadas. Estas também podem ser conhecidas como células-mãe, células-mestres ou células estaminais, pois possuem a melhor capacidade de se dividir, gerando células idênticas as progenitoras. As células tronco ainda possuem a capacidade de diferenciação celular, se transformando em outros tecidos específicos do corpo, como músculo, sangue e nervos.
No entanto, não é possível explicar como acontece a diferenciação dessas células, já que são originadas de uma única célula-mãe. Como se sabe, depois da fecundação, a célula se divide em duas, de duas se divide em quatro e assim por diante até atingir uma fase de centena de milhares de células, que irão compor qualquer tecido. Em um determinado momento elas recebem uma ordem (que ainda não se sabe de onde vem e como funciona) se transformando no fígado, outras em ossos, ou em sangue, e assim por diante. As suas descendentes, de acordo com essa mesma ordem, continuarão diferenciadas: a célula do fígado só vai dar origem a células do fígado; a do sangue só à célula do sangue.
Apesar das células tronco embrionárias serem conhecidas há mais tempo, sendo responsáveis por produzir todas as demais células de um organismo, através do desenvolvimento do embrião, nas últimas décadas descobriu-se que tecidos já diferenciados do organismo adulto conservam essas células precursoras, denominadas então de células-tronco adultas.